sábado, 14 de dezembro de 2019

Carlota e os Dragões de Madrid, de Fernando dos Santos

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Carlota e os Dragões de Madrid é o segundo livro da autoria do autor português, Fernando dos Santos, publicado em outubro transato, pela Edições Vieira da Silva. Esta obra, embora seja indicada para os mais pequenos, pode ser lida pelos mais graúdos, aos quais certamente trará a sua cota de magia e satisfação.

A história é narrada pelo avô, Bá, como lhe chama Carlota, que um dia durante uma viagem de avião, julga ver dragões ao sobrevoar Madrid. Bá julga estar a enlouquecer, mas quando a sua neta, Carlota, lhe fala de dentro da barriga da mãe, a história ganha contornos ainda mais divertidos.

Carlota nasce uma bebé linda e vai crescendo saúdavel. Aos seis anos embarca numa aventura com o avô. De jipe seguem até Espanha onde esperam procurar as criaturas estranhas que povoam os seus sonhos, mas se aquela aventura parecia estar fadada à ilusão, tudo se torna mais vivo, alegre e mágico, quando a Carlota e o avô descobrem que realmente existem dragões pigmeus, e Carlota tem uma missão, que está preparada para abraçar.

A linguagem do autor é simples e direta, a narrativa é marcada por constantes aventuras e descobertas, tão próprias das crianças, e está construída a um ritmo certo, é dinâmica e agradável.

A narrativa transporta o mais jovem leitor para aquele lugar mágico onde vivem os dragões, fá-lo sonhar e sorrir, na mesma medida. Mas se o mais jovem leitor se entretém, o que se dirá dos mais velhos?

Espontânea e divertida, esta é uma obra impossível de esquecer, que nos faz questionar frequentemente, será que existem mesmo dragões em Madrid?

Este livro terá agora a sua versão espanhola, a ser publicada em breve. 

Fiquem atentos.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Entrelinhas, de Paula Laranjo

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Entrelinhas é o terceiro livro de poesia da autora portuguesa, Paula Laranjo, que tem lançamento marcado no Palácio de Estoi, em Faro, já dia 14.


Este é um livro de poucas páginas, recheadas de sentimento. A poesia da autora é marcada pelas rimas, mas também por uma simplicidade notória, sendo essa mesma simplicidade que a torna tão bonita e atrai o leitor.

A obra versa sobre os mais diversos temas, desde o amor, ao Natal, e aos demais sentimentos que marcam a vida dos leitores e com os quais facilmente nos identificamos.

Através de uma linguagem bastante acessível e direta, a autora fala-nos sobre o sentir e o que dele advém, fala-nos da vida, do mundo que nos rodeia e ainda dedica algumas poesias à sua mãe, num livro único e agradável.




Partilho convosco um dos meus poemas preferidos:

RENASCER


Nos escombros
de um coração partido
a essência da tua luz
amanhece.

Devagar
vais caminhando
deixando o corpo
falar.

Soltas
um grito
que enlouquece
o silêncio.

A luz
brilha no escuro
da tua irrequieta 
dor.

Resiliente
e determinada
vais vencendo
a tempestade.

Teu corpo
vai deixando
libertar
um sorriso.

Com carinho
e muito amor
encontraste
o teu coração!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Na ponta dos dedos com... Paula Laranjo

Paula, sê bem-vinda a este espaço. É um gosto poder conhecer-te melhor e apresentar-te aos seguidores deste espaço, para começar: Como é que te iniciaste na escrita?
Obrigada desde já pela oportunidade. O meu início na escrita, deu-se na adolescência, pois eu sempre gostei muito de ler e escrever. A escrita tem-me acompanhado ao longo da minha vida.

Qual o sentimento que te domina quando escreves?
A escrita para mim é uma forma de perpetuar um sentimento. É sem dúvida um prazer que tenho e que me permite desabafar emoções que estão guardadas.

O que é que a escrita mudou em ti, enquanto pessoa?
A escrita sempre me “ensinou” a estar mais atenta a tudo o que me rodeia e faz parte do quotidiano. Permitiu-me ter mais sensibilidade perante as situações e apreciar as coisas e os momentos da vida.

E enquanto escritora, o que tens aprendido?
Tenho aprendido a estar atenta, a apreciar os valores da vida e a valorizar os sentimentos mais profundos.

Como definirias a escrita na tua vida: um passatempo, uma necessidade ou um acaso?
A escrita para mim tem sido uma forma de perpetuar sentimentos que sinto em relação a outros, ou em relação a situações que vou analisando na sociedade. Sem dúvida que tem sido uma necessidade aliada a um prazer.

Licenciaste-te em Engenharia Agronómica e exerces atividade dentro da área. Esta formação teve algum impacto na tua escrita?
O contacto com a natureza, o conhecer realidades muito díspares em termos sociais, o saber apreciar as coisas belas que a natureza nos dá, têm sido um enriquecimento muito forte na minha formação enquanto ser humano. Todas estas envolvências têm contribuído para as particularidades da minha escrita.

Publicaste o teu primeiro livro em 2014, Reflexos, que inclusive dá o nome à tua página de Facebook. Podes falar-nos um pouco sobre essa experiência?
O meu primeiro livro “Reflexos”, foi um sonho tornado realidade! Tinha este objetivo em mente e consegui concretizar! O nome reflete as emoções e a forma que eu tenho de olhar para os sentimentos. Por esse motivo, criei uma página no facebook, que se chama Reflexos Poéticos, para eu puder dar a conhecer aos leitores, a minha caminhada poética ao longo desta experiência literária.

Entretanto seguiu-se, Essência da Alma, em 2015, também uma obra de poesia. O que te inspira a escrever neste género literário?
Neste género literário, eu consigo dançar com as palavras e torná-las doces. Gosto de me deixar envolver com os sentimentos. Gosto de apreciar, gosto de observar, gosto de sentir e depois escrever. Gosto de deixar reflexões e gosto de espalhar o amor!


No próximo mês será lançado o teu mais recente livro de poesia, Entrelinhas. Podes falar-nos um pouco sobre ele?
Este meu novo trabalho, que será apresentado a 14 de Dezembro às 16h30 no Palácio de Estoi, chama-se “Entrelinhas”. No seguimento dos livros anteriores, incide nos sentimentos que eu gosto de escrever, ou seja, amor, amizade, saudade, questões sociais, persistência, perdas. Este meu novo livro, vai ter uma apresentação diferente, pois vai conciliar a poesia com a fotografia/pintura/desenho. Vou fazer a ligação da imagem com a escrita!

Como achas que será a reação dos teus leitores face a este novo trabalho?
Eu espero sinceramente que os meus leitores apreciem este meu novo trabalho e que de alguma forma os toque! 
Já participaste em antologias poéticas e encontros de poetas. Como correram essas experiências?
Já participei em diversas antologias poéticas, com diferentes temas e têm corrido muito bem. Tenho conhecido nestes encontros pessoas muito interessantes e criativas que me têm inspirado neste meu percurso. 

Se só pudesses ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o privilegiado?
O livro que me marcou desde sempre foi “ O Velho e o Mar” do Ernest Hemingway!

Se tivesses de escrever num género diferente do teu registo atual, a qual desafio te proporias?
O desafio que me propunha seria um romance com uma bela história de amor.

O que é que os leitores podem esperar de ti para o futuro?
Continuar a escrever, a deixar uma marca e continuar a transmitir sensações boas e positivas. Trazer leveza às palavras e tocar as pessoas com emoções.

Descreve-te numa palavra:
Serenidade.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

AVISO

Informamos os nossos seguidores que estamos a reformar o blogue, estaremos disponíveis e com uma nova imagem a partir do dia 1 de dezembro de 2019.

Atenciosamente,
A equipa 
Oficina da Escrita

Não Há Luz Neste Quarto, de Helga Lima

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Não Há Luz Neste Quarto é um pequeno livro de poesia da autora portuguesa, Helga Lima, publicado este mês pela Chiado Books.

Este é o primeiro livro da autora, que dá assim a conhecer o seu trabalho literário pela primeira vez, mas com a promessa de que consquitar o leitor.

Só o título já é bastante sugestivo, e a sua poesia é uma mistura de sentimentos profundos com sombras, com a tristeza que nos inunda, com a morte, a podridão, as drogas e o medo.

Mas se não há luz neste quarto, a verdade é que toda a aura sombria que povoa este livro é, paradoxalmente, recheada de uma luz que a alcança e absorve o leitor, levando-o numa viagem ao mundo interior da autora.

A sua escrita é intensa, pejada de emoção, com laivos de dor e amor, sentimentos tão díspares que nada são um sem o outro, e a autora com a mestria própria dos poetas, faz com que as suas palavras se entranhem em quem as lê.

O único defeito deste livro? Demasiado pequeno.

Senti que poderia ler mais e mais da autora, que não me iria fartar. Já expetante que estou pelo que virá depois.